Pesquisar este blog

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Dilma + FHC = Educação Democrática

Dilma + FHC = Educação Democrática

No aniversário de seus 80 anos de idade, comemorado na primeira quinzena de junho (ele é nascido em 18 de Junho de 1931), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) recebeu da Presidente Dilma Vana Rousseff (PT) uma educada, civilizada e merecida carta parabenizando-o pelo natalício e reconhecendo, nela, as virtudes de FHC, que não são poucas.
A Presidente Dilma demonstrou grandeza ao reconhecer, ainda, que o governo de FHC colocou em andamento, segundo suas palavras, “um plano duradouro de saída da hiperinflação” e que FHC foi “o presidente que contribuiu decisivamente para consolidação da estabilidade econômica”. Disse mais a educada Presidente: “Quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje. Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidação da democracia brasileira em seus oito anos de mandato”.
A Presidente Dilma reconheceu que há entre ela e FHC algumas opiniões diferentes sobre certas questões, mas “justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias”, disse ela em sua carta, terminada com “um afetuoso abraço!”.
Quem nos dera que todo governante de plantão fosse educado, civilizado, democrata e também reconhecesse, em seus antecessores, aquilo que fizeram de importante para a consolidação da democracia, da economia e do desenvolvimento da unidade que governam!
Não há nada de construtivo quando, ao lhe ser cobrada alguma providência em prol do povo ou quando lhe é feita alguma crítica, a autoridade do momento vem com as já manjadas e esfarrapadas desculpas de que se trata de “perseguição política”, “coisas dos nossos adversários” e a mais odiosa de todas: “porque não cobraram isso do governo anterior?”
Se o governo anterior não foi cobrado ou se foi cobrado e não realizou, ou se realizou mal, o momento de consertar as coisas está no presente, é o agora! Não é jogando a culpa no passado que vamos nos livrar das responsabilidades do presente, porque isso afetará de modo negativo o nosso futuro.
O cidadão de hoje quer hoje soluções para os problemas que ainda hoje existem. E só o governo de hoje pode ser cobrado, pois cabe a ele dar a devida solução aos anseios de seus governados, em prol do bem estar comum. Cobrar do governo passado não resolverá o problema. Deixar para o futuro também não.
Afinal, nas campanhas eleitorais os candidatos enumeram todos os problemas e prometem soluções a todos eles, sem distinção.
Ficar na mídia debatendo se é ou não melhor que o governo passado não fará com que se cumpra integralmente com o dever de governar para todos, sem distinção. As cores partidárias servem para campanhas eleitorais, mas encerradas estas, devem prevalecer, sempre, as cores oficiais da unidade que se está governando.
É isso que faz com que as coisas boas de um governo se somem as coisas boas do seguinte e assim se constrói um País, um Estado, um Município.
Quem fez o melhor governo será decidido pelo julgamento da verdade histórica, pois somente ela irá nos dizer, sem interesses pessoais, distorções ou fanatismos partidários, quem foram as pessoas que, verdadeiramente, se empenharam no engrandecimento de determinado povo.
Quem sabe assim, no futuro, possamos ser tão polidos, educados, democráticos e justos com nossos adversários quanto foi Dilma com Fernando.
___________________________________
Gilmar da Cruz e Sousa, advogado em Juina – MT, e-mail “gcruzadv@gmail.com”

Nenhum comentário:

Postar um comentário